O assassinato de Mayara Maria Santos da Silva, de 22 anos, ocorrido no último sábado, dia 18, de dezembro, chocou os moradores do Sítio Boqueirão, na zona rural do município de Canapi, Sertão do Estado. Ela teria sido morta por ciúmes, depois de supostamente ter sido vista conversando com outro homem. Cinco dias após a morte, o suspeito, identificado como José Miguel, de 60 anos, ainda segue foragido e o crime continua sem esclarecimento.
Na manhã desta quinta-feira, dia 23, uma familiar da vítima, que preferiu ter a identidade preservada, contou que o assassino não teve relacionamento amoroso com a jovem, como divulgado por populares anteriormente. Segundo ela, José Miguel perseguia Mayara e queria forçá-la a namorar com ele, o que nunca teria acontecido.
É uma maneira também de esclarecer a situação, para não manchar a imagem dela. Ele perseguiu ela por quatro anos e nunca tiveram nada. Ele era obcecado por ela. Não deixava nenhum homem chegar perto. Ele até passou um ano e dois meses sem perturbá-la, mas voltou e quis tirar satisfação", disse a parente. "Espero que a Justiça seja feita e ele pague por esse crime", continuou.
Ela afirmou ainda à reportagem que o criminoso anda armado e a comunidade permanece amedrontada. "Ele está em um esconderijo, todo mundo está dizendo isso. Ele é visto andando com uma espingarda nas costas, e volta para o esconderijo. E a polícia ainda não fez a prisão, espero que isso ocorra logo porque estamos todos com medo", explicou
No dia em que enterramos ela, foi muito triste. Fizemos isso com medo porque o enterro foi depois das 9 da noite. E ficávamos pensando se ele ia fazer alguma coisa até nesse momento.
O foi feita ligações o delegado Daniel Mayer, responsável pelo 30º Distrito Policial, porém as ligações e as mensagens por aplicativo não foram atendidas.
A familiar afirmou ainda que houve sete disparos, que atingiram a jovem, e que o homem teria arrombado a porta da casa dela, onde estavam a mãe, a irmã, e a filha de sete anos da Mayara. "Ela foi morta na sala de casa, ainda gritou por socorro, tentou correr, mas foi cercada por ele dentro da casa".
"O rapaz que foi baleado, que estava com ela no dia da morte, ainda correu para uma residência vizinha. Ele estava frequentando a casa de Mayara há três meses, isso despertou ciúme", acrescentou.
O sobrevivente, que foi internado em um hospital de Santana do Ipanema, deve ser ouvido pela polícia assim que tiver recuperação do estado de saúde.
Redação: Fonte: TNH1