A população do Sul de Santa Catarina já registra diversos estragos por conta das fortes rajadas de vento, registradas nas últimas horas. A condição deve-se ao fenômeno subtropical Yakecan.
Até o momento, um dos municípios mais atingidos é Treviso. Segundo a Defesa Civil, cinco residências ficaram destelhadas, no entorno da localidade de Cirenaica, situada próximo ao Costão da Serra.
Ainda conforme o órgão, diversas comunidades do interior da cidade também estão sem energia elétrica, devido à queda de árvores que causaram danos na rede de distribuição. A cooperativa Certrel já estão trabalhando para solucionar os problemas.
Além disso, um aviário na cidade veio abaixo com os fortes ventos. “No momento, não haviam frangos alojados, mas teve danos com a construção e equipamentos. O prejuízo estimado é de R$ 600 mil”, informa o gerente regional da Epagri, Edson Borba.
Outro município no Sul do Estado atingido pela ventania foi Lauro Müller. Segundo a Defesa Civil, uma residência teve a cobertura arrancada e um comércio de frutas foi parcialmente danificado. A Epagri também confirmou o destelhamento de um galpão de máquinas na cidade.
Já Siderópolis, onde a Defesa Civil registrou ventos a 107,6 km/h, os estragos até o momento foram menores. Conforme o órgão, teve destelhamentos pontuais e quedas de árvores.
Em Criciúma, a situação segue semelhante. “Tivemos poucas ocorrências, apenas duas quedas de árvores. Foi tudo tranquilo, dentro da normalidade”, informou o diretor da Defesa Civil do município, Alfredo Gomes.
Prejuízos na agricultura
A Epagri registrou diversos estragos causados pelo fenômeno. “O vento forte se concentrou mais nos municípios de encostas, como Lauro Müller, Treviso, Siderópolis, Timbé do Sul, Jacinto Machado e Praia Grande, a principio as lavouras de banana devem ser as mais atingidas”, comenta Borba.
Ciclone ou tempestade
Anunciado inicialmente como ciclone subtropical, o Yakecan agora é, na verdade, uma tempestade. Essa “mudança” de categoria já havia sido alertada pela Marinha do Brasil, em uma nota emitida no dia 16 de maio.
Em primeiro momento, ele foi considerado um ciclone pelo órgão por ser uma intensa área de baixa pressão atmosférica, segundo o Climatempo.
Com o passar dos dias, e as intensas rajadas de vento registradas em Santa Catarina que passaram dos 88 km/h, podendo ser maiores que 110 km/h, o fenômeno evoluiu e ganhou características de tempestades. Logo, mudou de nome por ter magnitudes maiores do que as antes anunciadas.
A explicação foi feita pelo Inmet e pela Marinha, e foi publicada no portal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
A partir desta quinta-feira (19), informa o meteorologsta Piter Scheuer, o sistema começa a se deslocar para o oceano. Com isso, as rajadas de vento tendem a diminuir em todo o Estado. A Defesa Civil estadual indicou que essa redução ocorre até às 23h59 de amanhã.
Até lá, rajadas de mais de 100 km/h podem ser sentidas nos pontos mais altos da Serra catarinense, ficando em torno dos 90 km/h no Litoral Sul, Grande Florianópolis e áreas próximas. No Alto e Médio Vale do Itajaí, as rajadas podem chegar também aos 75 km/h.
Informações: NDMais