A primeira entrevista da governadora interina Daniela Reinehr
Nesta terça-feira, dia 27 de outubro, Daniela Reinehr ascendeu ao cargo de governadora interina de Santa Catarina. O primeiro ato na nova gestão foi reunir o secretariado no Centro Administrativo, em Florianópolis, para dar as diretrizes daqui para frente.
Não houve ato de posse, nem posse em si. Daniela apenas ascende ao cargo após o afastamento oficial de Carlos Moisés da Silva. Em entrevista coletiva logo após a reunião, Daniela falou sobre a pandemia, a relação com a Assembleia e com o presidente Jair Bolsonaro.
Como será o governo daqui para frente, principalmente com a pandemia?
Nós seremos muito cobrados. Não só a pandemia, mas essa crise política e institucional com a Assembleia Legislativa. Os ressentimentos abalam o estado e eu não vejo outro meio que não seja o diálogo. Os decretos [da pandemia] vão ser analisados. As prefeituras têm o poder de regular, e o que vale é a regra mais restritiva. O meu compromisso é não ser a regra mais restritiva. As prefeituras têm autonomia. Hoje, a gente tem mais resultados, mais diretrizes, do que no início da pandemia. Vamos avaliar e ver se vamos avançar ou recuar. Minha fala sempre foi de prevenção, cuidados com a saúde, sem prejudicar o setor econômico.
E o avanço da doença na Grande Florianópolis?
Temos que avaliar caso a caso. Florianópolis está tendo novamente um avançar da doença, mas acima de tudo, a gente precisa cuidar dos doentes. Isolar os doentes e não os saudáveis. E eu defendo que o médico deve cuidar do paciente. Uma coisa extremamente importante é que as pessoas procurem um médico assim que tiverem sintoma, e cabe ao médico o tratamento.
Por que a escolha do general Ricardo Miranda para a Casa Civil?
Eu o agradeço muito por ter aceito o meu convite. Uma pessoa que foi escolhida pela sua formação, pela sua carreira, pela habilidade de circular em todos os setores da sociedade. É uma pessoa que eu confio muito e segue os mesmos princípios que eu defendo.
Quais serão as mudanças no secretariado?
Eu acredito que algumas mudanças essenciais devem vir nos próximos dias. Não há nenhum nome fechado até o presente momento além da Casa Civil. Mas as mudanças serão feitas de forma harmônica. A gente não pode deixar o Estado parar.
Deputados podem ocupar cargos no governo?
Acredito que entre deputados têm sim pessoas que possam contribuir com o governo. Eu não tenho restrição alguma, neste sentido. Tudo é uma questão de diálogo, de construção. O critério fundamental é de que sejam pessoas técnicas, alinhadas ao compromisso que eu assumi com Santa Catarina.