Dia D do Setembro Amarelo: valorização da vida, conscientização e ações

Dia D do Setembro Amarelo: valorização da vida, conscientização e ações

Nove em cada dez mortes por suicídio poderiam ser evitadas. Os dados, da Organização Mundial da Saúde (OMS), reforçam a importância da valorização da vida e da conscientização sobre ela. Por isso, dia 10 de setembro é considerado o Dia Mundial da Prevenção do Suicídio: o Dia D do mês que celebra e reforça a importância do tema: o setembro amarelo.

Professores, educadores, psicólogos e os próprios estudantes podem e devem agir em combate ao suicídio e no apoio a colegas e outras pessoas que possam ter pensamentos assim. Sabendo desse compromisso, a Secretaria da Educação elaborou um material de apoio para professores, diretores, coordenadores e dirigentes, com o objetivo de fornecer as orientações necessárias para a realização das atividades do Dia D e promover discussões e reflexões dentro e fora da sala de aula.

Acesse o Manual do Dia D

No material estão algumas sugestões de ações educativas, atividades pedagógicas, gincanas e jogos lúdicos para promover debates e conscientização sobre a prevenção ao suicídio. Vale lembrar que o professor pode sugerir outras ações. “O professor tem total autonomia. Queremos que ele leia esse material e sugira suas próprias atividades, bem como ofereça percursos formativos com roteiros a serem desenvolvidos nas ATPCs ao longo do mês”, pontua Cristina Mabelini, coordenadora da EFAPE.

Conversa, prevenção e saúde mental

O suicídio é a segunda maior causa de mortes de jovens entre 15 a 24 anos, segundo pesquisa do CVV (Centro de Valorização à Vida). Só perde para acidentes.

Os motivos são os mais diversos, e muitos casos acontecem impulsivamente em momentos de crise, quando as pessoas têm surtos diante de estresses, problemas financeiros, separações, dores ou doenças. De acordo com a OMS, o grupo de risco é o de populações rurais e entre grupos que sofrem discriminação.

O primeiro passo para prevenir o suicídio é conversar.  Não há certo ou errado ao conversar sobre pensamentos suicidas, o importante é começar a conversa, diz à BBC Emma Carrington, porta-voz da entidade de combate à doenças mentais Rethink UK. “Em primeiro lugar é preciso reconhecer que é uma conversa difícil. Não é uma conversa que temos todos os dias. Então, você vai ficar nervoso e isso é normal. O importante é ouvir e não julgar.”

Conversar sobre suicídio é quebrar um tabu. Para a organização australiana Beyond Blue, da ex-primeira-ministra Julia Gillard, ter a liberdade de conversar sobre o assunto pode ajudar a restaurar a esperança das pessoas que estão tendo pensamentos suicidas. “Você não precisa ser um profissional de saúde para apoiar alguém que está em risco. Só precisa ser alguém que está preparado para ter a conversa”, diz Gillard, da Beyond Blue.

Depois da conversa, o ideal é encaminhar e encorajar a pessoa a procurar ajuda profissional, com medicamentos e acompanhamento. A maioria dos casos vem de quedas ou desequilíbrio na saúde mental do indivíduo, tão importante quanto a saúde física. Cuidar, prevenir e agir para o equilíbrio da saúde mental, evitando emoções negativas como ansiedade ou descontrole e doenças como depressão, é fundamental para valorizar a vida.

Todo mês é Setembro Amarelo. Todo dia é Dia D. E hoje é um dia de reflexão. A data surgiu há 25 anos. A cor da campanha foi adotada por conta da trágica história de Mike Emme, um jovem americano, de 17 anos que, em 1994, tirou a própria vida dirigindo seu carro amarelo. Seus amigos e familiares distribuíram no funeral cartões com fitas amarelas e mensagens de apoio para pessoas que estivessem passando pelo mesmo desespero.

A fita amarela virou símbolo do dever de conscientização, de todo mundo, sobre o tema.

 

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