Joares Ponticelli teria recebido propinas adiantadas, de acordo com documento do STF

O recente pedido de Habeas Corpus por parte da defesa de Joares Ponticelli, prefeito de Tubarão que está preso após investigações da Operação Mensageiro, foi negado. Todavia, o despacho da ministra do STF,  Cármen Lúcia , trouxe trechos da investigação que apontam que Joares, ao ser avisado das investigações, teria pedido um possível adiantamento das propinas.

Além disso, o documento ressalta que a “mesada” recebida por Caio  César Tokarski  ( Vice Prefeito) e Joares Ponticilli (Prefeito)  seriam de R$ 30 mil, valor maior que o próprio subsídio dos agentes políticos. O trecho também aponta um “excesso de ganância” pelo fato de que ao ser avisado por Odair José Mannrich (empresa Serrana) que estava sendo investigado, Ponticelli teria ficado incomodado com o fato de que ficaria sem receber as propinas. Ou seja, teria optado por receber as propinas adiantadas ao invés de cassar a conduta delitiva.

Tal circunstância denota que a Prefeitura Municipal de Tubarão, por meio de Joares Ponticelli e Caio César Tokarski acaba sendo um dos pilares do esquema criminoso, fazendo com que o Grupo empresarial corruptor tenha lucros milionários por meio de fraudes à licitação, mediante pagamento de propina.

A suposta mesada de R$ 30.000,00 (trinta mil reais) somente para Joares Ponticelli e Caio César Tokarski é absolutamente elevada, sendo maior que o próprio subsídios dos agentes políticos, o que denota verdadeira gravidade concreta das condutas supostamente perpetradas pelos dois agentes com mais alto cargo no poder público municipal de Tubarão.

Chama atenção que Joares Ponticelli, em tese, ao ser avisado por Odair José Mannrich que estava sendo investigado ficou aparentemente incomodado não com a descoberta de seus supostos crimes, mas sim que as propinas deixariam de ser pagas, fazendo com que Odair enviasse um ‘Mensageiro’ da propina no final do ano pretérito para efetuar o pagamento das mesas, inclusive de maneira adiantada.

O excesso de ganância, em tese, é tão inacreditável, que os envolvidos (notadamente Joares Ponticelli), ao terem desconfiança de que estavam sendo investigados, optaram por adiantar o recebimento de propinas futuras, ao invés de cessarem a conduta delitiva. No ponto, a contemporaneidade é absolutamente latente, haja vista que os envolvidos, em tese, optaram por receber propinas adiantadas de valores que nem mesmo haviam sido empenhados pelo Grupo Serrana. Ou seja, aparentemente, quando do cumprimento de busca e apreensão em vários locais de Tubarão (inclusive a Prefeitura), Joares Ponticelli e Caio César Tokarski já haviam recebido propina futura.

 

Você pode gostar

Nas noticias
Carregar Mais