Nesta semana, o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) emitiu um alerta sobre a ocorrência de surtos de doença diarreica aguda (DDA) em 25 municípios gaúchos, identificados desde o final de agosto. Em nove dessas cidades foi identificado um vírus chamado norovírus como a causa desses casos de doenças gastrointestinais. Ele está possivelmente associado à ingestão de água, mas também pode ser transmitido por alimentos ou de pessoa para pessoa. O norovírus pode apresentar resistência às concentrações de cloro aplicadas na água tratada previstas na legislação de potabilidade. Lilian comenta que o aumento de resíduos orgânicos na água pode fazer com que esse vírus resista ao tratamento químico previsto.
De acordo com as informações divulgadas pela Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul, até o momento, mais de 2 mil casos já foram notificados, sendo que alguns municípios informaram apenas que tiveram um ou mais surtos identificados, a se confirmar o número de pessoas. As medidas de investigação e controle estão sendo realizadas pelos respectivos municípios, Coordenadorias Regionais de Saúde (CRS) e Cevs. A principal orientação à população é o consumo de água somente de fontes seguras e tratadas, que tenham processo de desinfecção por cloro ou outra tecnologia. Também é importante realizar periodicamente a limpeza de caixas d’água.
As amostras clínicas de pessoas com sintomas são encaminhadas para o Laboratório Central do Estado (Lacen) em Porto Alegre. Também já foram coletadas amostras de água em alguns desses municípios, que aguardam resultado da Fiocruz, no Rio de Janeiro.
Prevenção e sintomas
A principal orientação à população é o consumo de água somente de fontes seguras e tratadas, que tenham processo de desinfecção por cloro ou outra tecnologia. Também é importante realizar periodicamente a limpeza de caixas d’água.Esses tipos de ocorrências reforçam essas medidas preventivas em relação à água, que devem ocorrer de forma permanente por toda população, independentemente da ocorrência ou não desses surtos — comenta Lilian.
A especialista também orienta a higienizar com água tratada ou fervida as superfícies, equipamentos e utensílios antes de usá-los para o preparo e o consumo de alimentos. É importante, ainda, higienizar as mãos com água e sabão, especialmente após usar o banheiro, trocar fraldas, cozinhar ou se alimentar.
O principal sintoma apresentado nesses casos é a diarreia. O aumento do número de evacuações pode ou não ser acompanhado de dor abdominal, náusea, vômito e febre. O surto ocorre a partir de dois casos, com o mesmo quadro clínico e vínculo epidemiológico entre si. Em caso de sintomas desse tipo, é recomendado repouso e aumento na ingestão de líquidos para evitar a desidratação, principalmente em crianças e idosos. Havendo sintomas graves, é preciso procurar a unidade de saúde mais próxima.
Redação: Fonte: Diário Gaúcho