Pelo menos 60 habitações, anexos e garagens danificados pelo incêndio na vegetação em Portugal

A comissária europeia para a Coesão e Reformas, Elisa Ferreira, deixou, esta quinta-feira, uma palavra de solidariedade para as populações que estão a sofrer com a vaga de incêndios que afeta o país e lembrou a emergência climática.  "As primeiras palavras neste dia e nesta semana são de solidariedade para com todas aquelas populações que estão a sofrer e que se viram afetadas pela recente vaga de incêndios e que perderam os bens, para muitos, o fruto de uma vida de trabalho", afirmou Elisa Ferreira.

A comissária europeia falava no Fundão, distrito de Castelo Branco, no âmbito da cerimónia de assinatura, entre o Governo português e a Comissão Europeia, do acordo de parceria para a execução do Portugal 2030, quadro comunitário em que o país terá acesso a 23 mil milhões de euros de fundos até 2029. Elisa Ferreira fez esta incursão fora do tema para deixar "um grande abraço e manifestar o seu apreço por todos os bombeiros, forças de segurança, elementos da Proteção Civil, e cidadãos que têm participado no combate às chamas, muitas vezes arriscando a vida".

O incêndio de Vila Mendo de Tavares, Abrunhosa-a-Velha, foi dado como dominado às 19.50 horas pela proteção civil. Nesta altura decorrem trabalhos de consolidação e rescaldo, estando mobilizados 138 operacionais, com a ajuda de 34 viaturas. O fogo teve início na madrugada de ontem, foi dado como controlado por volta as 18.horas, mas as chamas reacenderam hoje pelas 14.horas e não deram descanso aos cerca de 200 bombeiros que estiveram envolvidos nas operações de combate.

O incêndio lavrou numa zona de mato e floresta. O fogo chegou a ameaçar duas aldeias, Chãs de Tavares e Guimarães de Tavares, mas não foi necessário evacuar qualquer habitante. As autoridades ponderaram ainda, por precaução, encerrar a A25 devido ao fumo, mas acabaram por não o fazer. Quatro bombeiros ficaram indispostos devido à inalação de fumo, tendo sido assistidos no local. As constantes mudanças do vento e as temperaturas mais elevadas foram as principais dificuldades dos homens no terreno.

Fogo no concelho de Leiria dominado

O incêndio que se reacendeu esta quinta-feira no concelho de Leiria está dominado, disse à Lusa o vereador com o pelouro da Proteção Civil, Luís Lopes. Segundo o autarca socialista, o fogo, que teve ignição na freguesia da Caranguejeira, na terça-feira, e que depois se estendeu a Colmeias e Memória, Milagres, Boa Vista e a União de Freguesias de Souto da Carpalhosa e Ortigosa, ficou dominado pelas 17 horas. Luís Lopes acrescentou que a situação no Crasto, na zona de Colmeias, e nos Milagres está controlada.

"Vamos manter todo o dispositivo para ações de vigilância e rescaldo. Ontem, por esta hora, também tínhamos a situação controlada e, hoje, com o calor, voltaram os reacendimentos", alertou

Há troncos de árvores caídos, secos, queimados e ainda a fumegar. Outrora verdejantes, as margens da estrada florestal que liga a Branca a Cristelo, em Albergaria-a-Velha, estão cinzentas e mostram bem a fúria das chamas que por ali passaram. A noite de anteontem e a madrugada de ontem foram de aflição. O fogo que tinha começado, durante o dia, no concelho vizinho de Oliveira de Azeméis, galgou terreno a uma velocidade inesperada. E, mal a noite caiu, já estava em Albergaria-a-Velha, à porta de várias empresas e habitações, em diversos pontos do concelho. Parte de uma fábrica ardeu, duas casas devolutas ficaram destruídas e ainda falta fazer contas certas aos hectares de área florestal ardida. Mas foram muitos.

Redação: Fonte:  JN Notícias Portugal

 

 

 

 

 

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