Polícia Ambiental orienta pescadores da tainha, safra começa em maio

São pouco mais de 60 dias de trabalho árduo no mar para conseguir pescar as tão desejadas tainhas (Mugil liza). Em maio, pescadores da cidade estarão autorizados a fazer a captura do pescados e a Polícia Militar Ambiental (PMA) começou um trabalho de conscientização junto aos homens do mar.

“A PMA iniciou essa operação que visa orientar sobre os aspectos legais dessa atividade e a partir de maio, a operação terá finalidade de fiscalização. É muito importante que os pescadores da região tenham suas licenças ou autorizações para não incidirem em infração ou crime ambiental. Juntos, pescadores e a PMA farão um excelente trabalho e certamente teremos uma grande safra”, explica o comandante da Polícia Militar Ambiental (PMA), João Schneider.

Nesta semana, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) divulgou a lista de embarcações credenciadas para a pesca da tainha e também abriu  vagas remanescentes . O período de captura da Mugil liza vai até 10 de julho e nos 531 quilômetros do litoral, são exercidas atividades de pesca artesanal e industrial, voltadas à espécie, muito consumida na época de inverno.

Em 1º de maio, começa a safra para pescadores desembarcados. Quinze dias depois está prevista a abertura para a pesca com uso de embarcações motorizadas, conforme capacidade. O homem do mar deve ficar atento às portarias de regulamentação do governo com as datas. “Para evitar conflitos, é importante que cada categoria cumpra o que estabelece a portaria 24, da Secretaria Especial da Pesca”, orienta o cabo Samuel Candido Alves, relações públicas da corporação.

Entre Laguna (a partir de Itapirubá Sul) e Passo de Torres, nesse período é permitida a colocação de redes com calão móvel, exceto locais onde há pesca com arrastão. A colocação desses artefatos devem obedecer algumas normas como a distância de mil metros para cada lado em desembocaduras (saída para o mar) de rios e lagoas, e também a distância de 150 metros de lajes e costões rochosos. Os calões devem ser sinalizados com duas cortiças no calão de dentro e bandeiras na areia.

Também é tradicional a captura da tainha com tarrafa. “Mas é importante lembrar que para tarrafear é necessário ser pescador profissional e possuir o registro. Se não possuir, procure a Colônia de Pescadores e providencie”, completa Alves. Essa modalidade tem restrição nas áreas de arrastão.

A PMA também chama atenção para o uso de canoa a remo para arrasto. Nas praias em que houver registro dessa modalidade não poderá com outro gênero de pesca, para evitar interferências na aproximação dos cardumes. “As canoas precisam possuir certificado de registro e autorização específica expedida pelo Mapa”, frisa.

Ainda de acordo com a corporação, embarcações motorizadas que usem rede de emalhe costeiro de superfície ou anilhado pode se estender até 15 de outubro, conforme prevê a legislação, considerando o tamanho e capacidade do barco. Essa atividade é permitida a partir de uma milha náutica (1.852 metros da costa). As cotas de pesca nessa modalidade são definidas pelo ministério e devem ser divulgadas em breve. O cerco com traineiras começa em 1º de junho e vai até 10 de julho, respeitando distância de cinco milhas náuticas.

Em caso de dúvidas, o pescador pode entrar em contato com a Polícia Militar Ambiental de Laguna pelo telefone: (48) 3647-7880.

Créditos: Foto: Elvis Palma/Agora Laguna.

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