Tubarão: Câmara de vereadores aceita denúncia de pedido de cassação de mandato de vereador
A Câmara de Vereadores de Tubarão instaurou nesta segunda-feira dia 17, uma comissão processante para analisar possível quebra de decoro do vereador Douglas Martins Antunes (PSD). A abertura do processo foi autorizada na última sessão. Ao final do procedimento se os legisladores entenderem que houve quebra de decoro por parte do parlamentar de 35 anos, ele pode até ter o mandato cassado.
Foram eleitos por sorteio os vereadores Alexandre Santos Moraes, Gelson Bento e Júlio César Ângelo Rodrigues, para compor a comissão que vai dar início ao processo. O prazo de investigação é de 90 dias, porém a expectativa é que seja analisado antes do tempo determinado.
A denúncia a ser analisada agora pelos pares do pessedista envolve suposta fraude com diplomas falsos de educação superior. O Centro Educacional DMA, da qual o legislador era diretor e segundo os ex-estudantes, ele também era proprietário é acusado da prática há três anos. De acordo com os ex-alunos, certa quantia foi investida em estudos sem reconhecimento pelo Ministério da Educação.
O caso foi denunciado pela primeira vez na casa legislativa em junho, mas foi arquivado. Uma nova ação foi protocolada no último 22 por Diego Marega Claudino, esposo de uma ex-aluna esposo de uma ex-estudante.
Antes da votação que deu início a abertura do processo, o vereador, que também é professor de matemática foi a tribuna e afirmou que não sofreu nenhuma condenação cível ou criminal. Sobre o pedido de ‘cassação’, o legislador pontuou que há muitos ‘analfabetos políticos’, que acreditam que ele seria cassado nesta segunda-feira. “Este é um assunto que tem cansado a população tubaronense. Sei que há muitos prejudicados e nunca escondi isso. A nossa empresa da qual eu administrava também foi prejudicada. Ela também teve os seus prejuízos como os referidos e possíveis alunos. Infelizmente, infelizmente houve esse golpe para nós”, enfatizou.
Douglas destacou pela segunda vez que é solidário aos prejudicados e ressaltou que mais de 400 alunos da instituição que não foram prejudicados e estão no mercado de trabalho. “Houve uma pequena porcentagem que foi prejudicada e estamos pagando por isso. É um assunto que tem machucado muito a minha família. Antes de ser político eu sou cidadão, sou cristão. Trabalho para ganhar o meu salário, sou professor. Eu não sou bandido, não sou um ladrão, não sou um estelionatário como vocês dizem nas redes sociais, não sou. Qualquer perícia provará que não sou, seus covardes!.