Robson Aldir, morreu ao 53 anos, sofreu um infarto fulminante. Neste sábado, dia 11 de dezembro, 2021. Ele construiu sua carreira no Sistema Globo de Rádio, onde trabalhou durante 24 anos na Rádio Globo. O jornalista e radialista, fez parte da equipe que fundou a CBN e teve o privilégio de ser destacado como repórter exclusivo do histórico programa de Haroldo de Andrade, na Rádio Globo. Aldir se notabilizou nos programas Madrugada e Cia, Botequim da Globo e Samba Amigo.
Também marcou época por ter sido um dos últimos titulares do Amarelinho da Globo, carro de reportagem que, originalmente, rodava pelas ruas do Grande Rio sem pauta definida pela redação e prestava serviço para os ouvintes ao longo da programação e, de forma mais marcante, durante as transmissões esportivas.
O Amarelinho era uma grande escola de improviso na forma e no conteúdo. Afinal de contas, na rua não falta assunto para o repórter. Na rua, o repórter desenvolve o olhar e cultiva fontes - das mais insólitas até as mais quentes. Na rua, o repórter não tem tempo para escrever.
E foi assim, por estar no lugar certo e na hora certa, que Robson foi finalista do prêmio Embratel de Jornalismo ao ser testemunha ocular e relatar ao vivo, com som de estúdio, uma das inúmeras trocas de tiros entre PMs e traficantes que atormentaram - e ainda atormentam - a vida dos moradores do Morro dos Macacos e da vizinhança de Vila Isabel. À época, precisou se enfiar debaixo do Amarelinho com o piloto Tião - seu inseparável parceiro de aventuras pela cidade. Parecia que os dois estavam dentro do tiroteio.
Modelo de rádio jornalismo em extinção. Hoje os repórteres estão cada vez menos na rua. Os motivos são os mais variados - vale um texto para um outro momento. Com isso são cada vez mais - com raras exceções - reféns do texto escrito, de linguagem pouco radiofônica e de fontes oficiais que muitas vezes nada dizem.
Craque na reportagem de polícia e de carnaval, depois de anos conseguiu, com muita insistência, o tão sonhado espaço como comunicador na Rádio Globo, em seus últimos anos como emissora talk popular. Ele trabalhou em rádios como Rádio Globo, Tupi, Roquette -Pinto e TV Globo.
Robson deixa sua esposa, Jaqueline, e duas filhas. O rádio se cala, nossa cobertura de carnaval está mais triste.. Botafoguense. Império Serrano de coração.
O enterro será no cemitério Memorial do Carmo neste domingo entre as 15 e 18 horas.
Redação: Portal Online AC