O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasques deixou Santa Catarina no início da tarde desta quarta-feira, dia 9, após ser preso em uma operação da PF, que investiga a interferência no segundo turno das eleições . O avião da PF chegou ao aeroporto de Florianópolis por volta das 13h45. Ele será transferido para Brasília (DF).
Celulares, computador e passaporte do ex-diretor-geral foram apreendidos. Os mandados foram autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Em 30 de outubro, dia do segundo turno, a PRF realizou blitze que interferiram na movimentação de eleitores, sobretudo no Nordeste, onde Lula (PT) tinha vantagem sobre Jair Bolsonaro (PL) nas pesquisas de intenção de voto. Na véspera,o diretor- geral da PRF havia declarado voto em Bolsonaro. Vasques é réu por improbidade administrativa nesse episódio.
No domingo do segundo turno, Alexandre de Moraes determinou a suspensão imediata das blitze, sob pena de prisão de Vasques. A ordem, no entanto , foi O nome da “Operação Constituição Cidadã” é uma referência à Lei Maior do Brasil, promulgada em 1988, a qual, pela primeira vez na história do país, garantiu a todos os cidadãos o direito ao voto, maior representação da Democracia. pela PRF.
Relatório obtido pelo blog da Andréia Sadi no g1 mostra que a PRF fiscalizou 2.185 ônibus no Nordeste, onde Lula (PT) era favorito, contra 571 no Sudeste, entre 28 e 30 de outubro, vésperas e dia do 2º turno das eleições de 2022.
A operação também cumpriu dois mandados de busca e apreensão contra agentes do órgão em Santa Catarina. São eles Wendel Benevides Matos e Antonio Melo Schlichting Junior.
Alvo de um mandado de busca e apreensão nesta manhã, Matos é ex-corregedor Geral da PRF. Exonerado em 5 de abril deste ano, foi transferido de Brasília para a Universidade Corporativa da PRF, em Florianópolis.
Já Schlichting Junior é ex-diretor geral de Combate ao Crime da PRF. Atualmente, ele está lotado na 1ª Delegacia da PRF, em São José, na Grande Florianópolis. Os crimes apurados teriam sido planejados desde o início de outubro de 2022, de acordo com a PF. Além de Santa Catarina, a polícia cumpre mandados no Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Rio Grande do Norte.
De acordo com a Polícia Federal, são investigados os crimes de prevaricação e violência política. Além disso, os investigadores apuram o crime relacionado a impedir o exercício do voto no dia da eleição.
O nome da “Operação Constituição Cidadã” é uma referência à Lei Maior do Brasil, promulgada em 1988, a qual, pela primeira vez na história do país, garantiu a todos os cidadãos o direito ao voto, maior representação da Democracia.
Fonte: G1