Ninguém fica anônimo na internet, diz delegado sobre crimes virtuais

Ninguém fica anônimo na internet, diz delegado sobre crimes virtuais

Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública, só em 2020, mais de 14 mil crimes cibernéticos foram registrados.

A internet atualmente vem se tornado um dos itens de necessidade básica das pessoas: em qualquer lugar é possível encontrar alguém que esteja conectado,  seja no celular ou outro dispositivo eletrônico. São poucos aqueles que ainda não têm acesso à rede.

Com o avanço da conectividade, porém, também aumentaram os perigos: seja ataques hackers, como na última semana em Joinville e Florianópolis, ou a divulgação de imagens de cunho sexual. Todas essas violações são consideradas crime e podem levar os praticantes a até um ano de detenção.

Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado, até agosto deste ano, foram registrados 14.750 crimes cibernéticos. Ou seja: casos que ocorreram dentro do ambiente virtual.

Para ajudar na apuração desses crimes, desde 2019 a Polícia Civil de Santa Catarina conta com uma Divisão de Repressão aos Crimes de Informática, agregada à DEIC (Diretoria Estadual de Investigações Criminais). O local trabalha com casos que ocorrem na internet e que possuem repercussão estadual.

Por exemplo, apuramos por aqui extorsões baseadas em criptografia de informações, pornografia infantil, além de crimes que ataquem o sistema de sites ou empresas”, explica o delegado Luis Felipe Rosado, responsável pela divisão.

Ninguém fica anônimo na internet

Entre os casos que já foram apurados nesses quase dois anos de trabalho da divisão, estão os de invasão a sites, extorsões baseadas em criptografia e de pornografia infantil. Apesar de a maioria dos ataques partirem de pessoas anônimas, o delegado aponta que muitas vezes é fácil localizar os autores.

Existe uma falácia de que a pessoa fica 100% anônima. Porém, ninguém fica anônimo na internet. Quando o crime é cometido dentro do território brasileiro, na grande maioria conseguimos encontrar os responsáveis. O problema é quando envolvem estrangeiros.

Rosado conta que nem sempre é possível conseguir dados de outros países, já que nem todos possuem o acordo de cooperação jurídica em matéria penal com o Brasil..

FOTO: ILUSTRATIVA

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