Desde os primeiros registros de contaminação pelo novo coronavírus – assim classificado por ser uma versão do vírus que já circula há anos -em Wuhan, na China, cientistas de todo o mundo buscam uma forma de imunizar a humanidade para a doença. Os estudos têm avançado em velocidade considerada inédita, dada a complexidade entre os primeiros modelos e a comprovação da eficácia entre seres humanos.
No entanto, esta segunda-feira dia 20, foi de passos mais promissores rumo a uma imunização para o novo coronavírus. Das vacinas apresentadas, a mais avançada, de Oxford, se mostrou segura na primeira fase de testes em humanos.
A vacina desenvolvida no Instituto Butantan foi anunciada como possivelmente disponível em 2021 pelo presidente da instituição, Dimas Covas, ao passo que uma vacina chinesa da Sinovac Biotech chegou a São Paulo e começará a ser testada nesta terça-feira dia 21. Outro imunizante da China, mas da CanSino Biologics, se mostrou promissor e eficaz segundo pesquisadores. Laboratórios dos Estados Unidos e Alemanha também notificaram avanços nos testes.
A primeira vacina a ser desenvolvida não será, necessariamente, a mais eficaz, e a viabilidade da chegada de alguma vacina desenvolvida no Brasil dependerá de estrutura e de aparato que pode depender da formulação.
Oxford tem 91% dos participantes com anticorpos
A vacina desenvolvida pela universidade britânica se mostrou eficiente, segundo estudo da The Lancet. A terceira e última fase de testes, que avaliará a eficácia em um grande número de pessoas, está em andamento no Reino Unido, Brasil e África do Sul. Este é o mais avançado em termos de desenvolvimento, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde).
Cerca de 91% dos participantes produziram anticorpos contra o novo coronavírus após uma dose da vacina. Ainda não se sabe quanto tempo dura a resposta imune. Entre 23 de abril e 21 de maio, 1.077 participantes foram inscritos como voluntários para receber a vacina. Metade recebeu a vacina experimental e a outra metade, vacina contra meningite.
Uma pequena parcela que recebeu a vacina experimental relatou reações adversas locais e sistêmicas, que foram curadas com uso de analgésico paracetamol profilático. Os sintomas registrados foram dor, sensação de febre, calafrios, dor muscular e dor de cabeça. Não houve registro outros sintomas graves.
Chinesa da CanSino planeja testes avançados
A vacina da CanSino, chamada Ad5-nCOV, está se preparando para testes em estágio avançado, juntamente com projetos que envolvem os laboratórios norte-americanos Moderna e Inovio Pharmaceuticals e a farmacêutica alemã BioNTech. Embora ela ainda não tenha iniciado ensaios clínicos de larga escala em estágio avançado para avaliar quão bem funciona para impedir que as pessoas sejam infectadas, ela recebeu o sinal verde para ser usada nas Forças Armadas da China.
Vacina do Butantan pode chegar em 2021
EUA e Alemanha avançam